Casamento é entrega diária!

Nele, quando desembarcam os filhos, as mãos corriqueiramente entrelaçadas são substituídas por bolsas, carrinhos, brinquedos, colo...

Não são raros os casais que relatam qualquer tipo de dificuldade na vida a dois. E, em alguns momentos, quando o centro da relação não é efetivamente o amor, qualquer intempérie no meio do caminho suplanta toda razão daquela existência. Casamento é entrega diária, doação, compreensão, entendimento das diferenças e semelhanças, também.

Foto: Divulgação

Nele, quando desembarcam os filhos, o tempo se torna escasso. As mãos corriqueiramente entrelaçadas são substituídas por bolsas, carrinhos, brinquedos, colo... E neste colo já quase não sobra lugar para os adultos tão acondicionados a ele... no namoro, na lua-de-mel, no início da relação.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Relacionamento esse que também exige desenvolvimento, investimento e conhecimento das transformações às quais está condicionado. Porque neste ambiente, todos os verbos já não são vividos na primeira pessoa do singular. Assim, o compartilhamento é de vida. A dois, três, quatro e quantos vierem...
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Olhar o outro com os olhos dele nos garante entendê-lo melhor! E isso está longe de validar concordância, mas compreensão da sua singularidade como ser humano e suas reais necessidades. E a partir desse entendimento, o diálogo promove transformações, os atos se tornam exemplo e o orgulho cede lugar à humildade. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Hoje, no dia em que celebramos 11 anos de casados, em uma partilha a quatro, se eu pudesse revelar o segredo desta vivência real, longe destes “comerciais de margarina” vendidos nas redes sociais, eu diria: solidifique sua família como o bem mais precioso que você possui. Pois ela o é.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Tenham filhos, quantos quiserem, mas jamais se esqueçam do suporte que marido e mulher são um ao outro. Não ocultem os abraços, os beijos, o carinho, o afeto, o olho no olho, a demonstração de amor! Ela pode estar até na louça lavada após o jantar.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Esteja em busca de autoconhecimento e não poupe a autocrítica. Julgar-se é mais justo que apontar o dedo à condição alheia. Ajude, apoie, faça por você e pelo outro também. Acolha, queira bem, pacifique todas as desavenças e aceite o conselho de que amar tem destas coisas... pergunte o que faria o amor, responda, e está tudo bem!

* Os textos só podem ser reproduzidos mediante autorização do autor e desde que citada a fonte.