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Leandro Nigre

LEANDRO NIGRE

Pai do Joões, em seu plural consagrado, João Guilherme e João Rafael, esposo da Dayane, jornalista, palestrante, articulista sobre paternidade, especialista em Mídias Digitais, editor-chefe de jornal impresso, em Presidente Prudente.

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Corrija seus filhos!

A falta de lapidação da criança pode causar-lhe rejeição social e pais precisam estar atentos para dar-lhe limites

06 de Março de 2017
6 comentários

“Ah, deixa pra lá, isso é coisa de criança!”. A frase ecoa da boca de muitos adultos ao se deparar com comportamentos inadequados dos pequenos. Espera aí! Em que tempo vivemos no qual os pais e responsáveis viram as costas para a clemência do limite? Estamos na era do permissivismo, do “tudo pode” e o medo de errar é tamanho que amarra a educação no convívio familiar. Perderam-se os valores... Corrigir é imprescindível e não existe tempo apropriado para a prática. Toda hora é hora.

Foto: Arquivo Pessoal

Os noticiários estão abarrotados de cenas de crueldade. Empoderada e dona da verdade, a juventude compõe boa parte das ocorrências. Assistimos filhos matando pais, moradores de rua agredidos por jovens, depredação de bens públicos e privados, brigas e uma série de condutas reprováveis em todos os campos da vida humana... reflexos da falta de limites.

Desde muito cedo, o ser humano necessita ser lapidado e os responsáveis por sua formação não podem negligenciar a obrigação de assumir o papel e colaborar neste processo. Nesta edificação, os pequenos estão à espera do "não", do “sim", do "pode", "não pode", do direcionamento... Dialogar e orientar são verbos de batalha.

A falta de lapidação da criança pode causar-lhe rejeição social. Aliás, quem suporta uma onda de malcriação e condutas impróprias? E do que os filhos realmente carecem? Muitos pais, consumidos pelo mercado de trabalho, querem suprir a ausência física e falta de qualidade de tempo com a concessão de bens materiais. Vivem na base da substituição. Brinquedos, rotina de atividades, os mais caros colégios e produtos...em troca da omissão. Não que os bens materiais não sejam importantes para os filhos, sobretudo no quesito educação. São, mas não substituem o diálogo, o olho no olho, a presença, a sinceridade nas palavras, o amor... Devem caminhar juntos, na medida do bolso de cada um!

Ser omisso custa caro. Com base neste cenário, muitos pais, quando estão juntos da prole, não querem cobrar, chamar a atenção, corrigir, se indispor... Relevam as birras, os ataques de fúria, de rebeldia, os atos de egoísmo, o emburramento quando contrariado, o desrespeito, a quebra de regras e, desta forma, formam cidadãos sem limites, com grandes pré-disposições para os conflitos de relacionamento. Certamente, quando adultos, se frustrarão diante de todo e qualquer “não”, pois terão experimentado pouco do ouvir, mas apenas do falar, falar, falar...

Aos pequeninos, frases curtas são mais bem interpretadas. O tom de voz, da mesma forma, ajuda neste processo. Crianças com perfil de liderança querem mandar na família e se não há controle, de fato, isso ocorre. Por aqui, para entender a hierarquia, partimos para a fábula, a fantasia: como no castelo, eu sou rei, mamãe é rainha e ele o príncipe. Príncipes não mandam, obedecem, cumprem ordens do monarca! Ele entendeu... Mas confesso, vive encontrando meios de se igualar... já identificou a princesa na sala de aula, quer crescer, também ordenar... Nos cobra disciplina a todo tempo!

A criança que, desde a mais tenra idade, têm contato com valores sociais, éticos, morais, religiosos, será um adulto com melhores condições de administrar o bombardeio de informação e quebra de paradigmas, que muitas vezes, não são construtivos ao comportamento.

A luta familiar é diária, o investimento na criança e no adolescente indispensável, na esperança que a geração futura esteja mais próxima da transição mundial que almejamos. Pessoas mais humildes, seguras, humanas e que acima de tudo estejam dotadas de virtudes para o comportamento social adequado e de mais respeito ao próximo.

 

* Os textos só podem ser reproduzidos mediante autorização do autor e desde que citada a fonte.

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MAIS 6 COMENTÁRIOS

Jacky Lima

22 de Maio de 2017

Ótimo post, mas é uma pena ver que nos dias atuais tantos pais não educam ou simplesmente não querem a responsabilidade de educar seus filhos.

Claudia

19 de Maio de 2017

Oi Leandro Ótima reflexão neste post, parabéns! Sim, concordo com você. As crianças precisam de limites e devem aprender desde cedo. Abraços

André

14 de Março de 2017

Muito bom o texto. Procuro sempre corrigir minha filha e mais do que a correção educá-la, essa questão de mostra a hierarquia é muito importante.

Leandro Nigre

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André, Grato por sua participação. A partir do momento que entendermos a importância de estabelecer o respeito para nossos pequenos, teremos cidadãos mais bem conscientizados deste processo natural, sobretudo no mercado de trabalho. Quem não sabe receber ordens, também dificilmente saberá delegar.

MARCOS ROMEU

08 de Março de 2017

Belo texto! O que me preocupa é esse final "A luta familiar é diária" muitos tem deixado os filhos à deriva. Levando os filhos há se distanciar de um comportamento social e moral adequado. Como você mesmo cita, vamos manter a esperança e assim trabalhar para que nossos príncipes e princesas se tornem propagadores de nossos sonhos e objetivos. Forte abraço da família Papai no Controle

Leandro Nigre

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Romeu, obrigado por compartilhar. Não podemos dar tréguas, é necessário estar vigilante a todo tempo para que consigamos discipliná-los e, acima de tudo, saibam promover suas escolhas de vida diante de um mundo de ofertas! Grande abraço!

Pai Mala

07 de Março de 2017

Leandro, excelente reflexão! Quando me "transformei" em pai, sempre soube que uma das grandes dificuldades mas também uma das maiores realizações seria educar bem meu filho, dando limites e construindo um mundo de afeto. Parabéns pelo texto e pelo site!

Leandro Nigre

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Obrigado pelo comentário, Pai Mala. A "transformação" na figura paterna, quando acolhida com consciência, propicia edificação de toda família.

Wanderson Dantas

06 de Março de 2017

Muito bom texto amigo Leandro, preciso me policiar mais com relação a esse tema. Valentina tem apenas 1 ano e 9 meses e muitas vezes eu sou o que "deixo pra lá porque é coisa de criança". Parabéns pelo texto e pelo blog amigo!

Leandro Nigre

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A emoção normalmente conduz nosso comportamento... A emoção fala mais que a razão... Com amor e consciência de que eles necessitam deste limite, formaremos pessoas capazes de reconhecer seus erros e limitações... Obrigado pela sua visita, Wanderson!

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