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Leandro Nigre

LEANDRO NIGRE

Pai do Joões, em seu plural consagrado, João Guilherme e João Rafael, esposo da Dayane, jornalista, palestrante, articulista sobre paternidade, especialista em Mídias Digitais, editor-chefe de jornal impresso, em Presidente Prudente.

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Pais em busca de teorias

Nesta caça, deixamos para trás o instinto, a confiança nas próprias decisões, a herança dos nossos pais na forma como nos educou

17 de Fevereiro de 2020
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Vivemos a era das teorias. Pra tudo se tem uma, sobretudo no processo de educação e criação dos filhos. Neste ambiente, nos deparamos com pais e mães perdidos em busca de informações na internet sobre situações que poderiam resolver sozinhos.

Foto: Arquivo Pessoal

Estão à procura de dados, pesquisas e levantamentos de como executar milimetricamente cada passo da paternidade ou maternidade com perfeição, como se não fosse possível errar.

Nesta caça, deixamos para trás o instinto, a confiança nas próprias decisões, a herança dos nossos pais na forma como nos educou. Não queremos repetir os erros, frustrar os filhos e a ânsia é pela formação de seres humanos física e emocionalmente saudáveis. Assim, mais que se basear nas vivências para tornar tudo isso possível, a maratona é por indicações de o que, quando e como fazer. Isso ainda é mais latente com esta ascensão das redes sociais e a invasão em nossos lares. Cenário onde a grama do vizinho parece mais verde que a nossa, mas foi apenas tratada nos aplicativos de imagem antes de aparecer no seu feed.

Consumir na internet requer cautela. Os especialistas apontam que nos tornamos semelhantes às cinco pessoas com quem mais convivemos. E, de fato, a influência digital vem com esta oferta e, lá, assim como na vida real, há todo tipo de produto humano à disposição, sobretudo querendo te entregar seu ponto de vista.

Educação requer presença, atenção, olho no olho, afeto, direcionamento... Podemos acreditar nas teorias, mas não se tornar refém delas. Pela ignorância, muita gente ainda acredita que educar, pela disciplina positiva, é mimar. Ao optar pelo diálogo, incentivo e encorajamento para que os pequenos encontrem soluções para seus conflitos, você se depara mais com olhares de cobrança do que aqueles que vêm na sequência de um tapa.

Gentileza e firmeza podem caminhar juntas, longe de qualquer forma de violência. Entre o autoritário ou permissivo, você pode escolher ser participativo e equilibrar amor e limites de uma forma que construirá seres humanos felizes. Gente que não precise de punição ou recompensas pelo que fez ou deixou de fazer.

E isso é possível ser abraçado e desenvolvido na paternidade (e maternidade também, é claro) em qualquer fase da vida, ainda que nunca tenha experimentado com um dos filhos. Empatia gera segurança, confiança e aprendizado mútuo. Confie mais no seu taco e deixe um pouco de lado o que tentam te enfiar goela a baixo. Diferente dos filhos, os olhos alheios não são seus.

* Os textos só podem ser reproduzidos mediante autorização do autor e desde que citada a fonte.

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