Um retrato do Natal - Papai Educa

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Leandro Nigre

LEANDRO NIGRE

Pai do Joões, em seu plural consagrado, João Guilherme e João Rafael, esposo da Dayane, jornalista, palestrante, articulista sobre paternidade, especialista em Mídias Digitais, editor-chefe de jornal impresso, em Presidente Prudente.

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Um retrato do Natal

Assim, com os demais, ou na relação pai/filho, podemos nos esforçar para fazer de cada momento impar

23 de Dezembro de 2017
1 comentários

Um galho seco, chumaços de algodão, papais-noéis, bonecos de neve feitos de isopor e algumas bolas coloridas. Esta é a recordação de uma das árvores de Natal que decorou minha casa na infância. Os enfeites, em boa parte, eram intocáveis, uma vez que, de vidro fino, ao despencar se partiam em dezenas de pedaços. Ah, quantas bolinhas duraram apenas uma decoração!

Foto: Arquivo Pessoal

Dos presentes que ganhei em todos os anos, me recordo apenas de um. O “Não acorde o dragão”, da Estrela. Mas ele só se tornou inesquecível pela forma em que chegou. Era década de 90, madrugada do dia 25 de dezembro. Voltávamos da ceia na casa da minha avó e minha mãe preparou o cenário. Janela aberta e sobre a cama no quarto que dividia com minha irmã do meio os nossos brinquedos. Uau! Papai Noel tinha passado por ali. Fiquei extasiado, corri abrir a caixa e quis brincar naquela mesma hora. Não me pergunte o que ela ganhou. Eu não sei!

E, na busca de resgatar na memória outros mimos que recebi em outros anos, também não me recordo de mais nenhum. Talvez porque o bem material não tenha sido tão importante, foi apenas um complemento de toda magia que vivi anualmente nas vésperas de Natal, ao preparar a ceia, reunir as famílias e celebrar o nascimento de Jesus.

Os primos, inclusive os que moravam em outra cidade, corriam pelo quintal, brincavam, gastavam energia por todos os dias em que passavam juntos durante as festas. Nem sequer nos importávamos com o presente recebido. Ficava guardado até que aqueles momentos findassem e cada um voltasse para casa. O nosso maior valor era o tempo, mas ele passou, tudo mudou...

Aos meus filhos, hoje busco que tenham uma memória afetiva saudável. Preparamos a casa para o Natal, decoramos a árvore, enfeitamos a porta de entrada, falamos de sonhos, de perspectivas, de trocas, de comportamentos e, na prática, efetivamos a celebração como ela deve ser feita, com alegria. A mesma projeção é feita para o réveillon. Queremos ter conosco quem nos ama, nos respeita, nos admira e gosta da nossa presença. Festa é festa, não é lugar de lavar roupa suja, enfrentar clima de desunião ou de instabilidade emocional. A atmosfera é outra!

Mesmo sabendo que as crianças ganharão presentes dos avós, tios e padrinhos, queremos que saibam dar valor aos momentos vivenciados entre os dias que antecedem o 25 de dezembro e o 1º de janeiro. Precisam ser feitos de experiências, das boas lembranças, da oração em família antes da ceia natalina, dos abraços e beijos trocados, das brincadeiras ao entorno da árvore de Natal, daquilo que não se encontra no comércio, não possui etiqueta com preços ou está muito menos na internet.

Que estar presente seja nosso maior presente aos pequenos! E na via de mão-dupla, o que desejamos e vivenciamos com o próximo acaba retornando a nós. Assim, com os demais, ou na relação pai/filho, podemos nos esforçar para fazer de cada momento impar. Férias, diversão, comidas, enfeites, amor... Que neste intercâmbio de bons sentimentos, vivências, da renovação de esperanças e de novos propósitos para o ano que se inicia, angariemos aprendizado em valores sobre aquilo que realmente faz sentido. Feliz Natal!

* Os textos só podem ser reproduzidos mediante autorização do autor e desde que citada a fonte

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MAIS 1 COMENTÁRIOS

Tata Nigre

24 de Dezembro de 2017

Tudo que disse é a pura verdade, mas diante de tudo somos uma família que sempre fomos unidos e abençoados por Deus. Felicidades sempre

Leandro Nigre

Compartilhando a paternidade ativa

Isso foi o que fez toda diferença na nossa casa, mãe.

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