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Leandro Nigre

LEANDRO NIGRE

Pai do Joões, em seu plural consagrado, João Guilherme e João Rafael, esposo da Dayane, jornalista, palestrante, articulista sobre paternidade, especialista em Mídias Digitais, editor-chefe de jornal impresso, em Presidente Prudente.

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Bullying, já foi vítima?

Ação conjunta entre a família e a unidade de ensino traz resultados positivos

11 de Março de 2017
1 comentários

O assunto está na boca no povo, mas nem todo mundo sabe exatamente o que quer dizer. O bullying, na maioria das vezes, é tratado basicamente como discriminação, mas a expressão tem um significado muito mais amplo. Por conta dessa complexidade, diversos estudos foram realizados e a maioria deles confirmou que qualquer pessoa, independentemente do nível social, idade ou grau de estudo, por ser vítima direta ou indiretamente do bullying.

De acordo com a psicóloga Joseth Jardim Martins, que juntamente com a psicóloga Raquel Kampf escreveu o livro "Preconceito e Repetição: diferentes formas de entender o bullying", publicado pela Editora Positivo, o assunto é amplo, mas é fundamental que os pais entendam ou ao menos se interessem pelo tema, pois é no ambiente escolar que ocorre o maior índice de vítimas desse tipo de violência. O principal erro, segundo Joseth, é sugerir que qualquer situação de agressividade seja taxada como bullying.

O bullying deve ser caracterizado quando a vítima, supostamente, esteja sofrendo um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetidas que ocorre sem motivação evidente. Essas agressões podem ser praticadas por um ou mais alunos contra outros. Na maioria das vezes, a vítima é hostilizada, ridicularizada e tem como resultado o isolamento e, posteriormente, a exclusão, além de danos físicos, morais e materiais. A vítima também pode sofrer insultos, intimidações, apelidos e gozações.

A importância da atuação familiar

Os pais precisam estar atentos. Há uma série de sinais que indicam que um adolescente pode estar sofrendo bullying na escola. Os principais são: depressão, irritação, baixa autoestima, medo e vergonha. Tudo isso reflete na queda do rendimento escolar, ansiedade e alterações do sono ou apetite. Quando isso acontece, a primeira atitude dos pais é conversar com a criança para tentar identificar a raiz do problema. Em seguida, procurar a escola para fazer um trabalho em conjunto para ampará-la.

Responsabilidade da escola

A psicóloga Joseth afirma que, quando na escola são identificados casos de bullying, é preciso considerar o fato de que a instituição tem a responsabilidade em lidar com isso. “A escola deve estar ancorada suficientemente em termos teóricos, em relação às iniciativas a serem tomadas, para que o problema seja revertido”.

Por outro lado, os pais também precisam estar cientes de que, na atmosfera escolar, os filhos podem estar do outro lado do problema. E no caso do bullying, o agressor também sofre, pois descarrega a sua carga negativa contra outra pessoa. Para que o problema seja resolvido e não volte a acontecer, a ajuda de um profissional pode ser fundamental.

Cyberbullying

Quando o assunto salta os muros da escola, ganha o mundo por meio das redes sociais, muda de nome e torna-se o cyberbullying. Neste, as consequências são diferentes, não menos danosas, mas muito mais amplas, pois atinge um número de pessoas maior e geralmente com assuntos e pessoas da própria escola.

O diferencial é que o agressor age no silêncio; escondido no espaço virtual, e, pior que isso, é a velocidade em que a agressão acontece. No caso de publicação de uma foto indevida em uma rede social, em poucos minutos, ela pode ser compartilhada centenas de vezes e, rapidamente, estará em todos os smartphones dos alunos.

“Estamos vivenciando um momento histórico, em que é necessário o trabalho em conjunto entre família e escola, mais que medidas pontuais, precisamos de iniciativas que agreguem diferentes setores da sociedade, em busca de soluções para um problema que é social”, finaliza a psicóloga Joseth.

Sobre o livro

O livro "Preconceito e repetição: diferentes maneiras de entender o bullying" é um convite à reflexão sobre os diferentes fatores que, direta ou indiretamente, estão ligados à manifestação deste tipo de violência. Organizado em cinco capítulos, aborda, de maneira crítica, numa linguagem clara e bem fundamentada, as influências dos fatores sociais e as repercussões do fenômeno na sociedade; apresenta o conceito e os diferentes tipos de bullying, a gravidade do problema, a relação entre preconceito e intolerância, os aspectos legais relacionados ao problema, assim como um panorama de pesquisas e estudos realizados sobre o assunto no Brasil nas últimas décadas. 

SERVIÇO

Formato: 15,5 x23cm

Páginas: 224

Preço: R$ 77

(Com informações da Editora Positivo)

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MAIS 1 COMENTÁRIOS

Paulo Gabriel

13 de Março de 2017

Quem nunca? Sofri tanto que hoje tenho medo que meu filho passe pelo mesmo!

Leandro Nigre

Compartilhando a paternidade ativa

Paulo, Que bom que os debates têm sido possíveis hoje em dia. Não podemos olhar todo gesto como bullying, para não vivermos reféns do medo. Porém, é necessário despertar nos nossos pequenos a importância do diálogo e da exposição dos casos, para que imediatamente haja intervenção da escola e ou família e, consequentemente, solução. Obrigado por participar!

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