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paternidade ativa
Pai do João Guilherme, do João Rafael e da Maria Vitória, esposo da Dayane, jornalista, palestrante, articulista sobre paternidade e jornalismo, especialista em Mídias Digitais.
Diante de um universo cada vez mais acessível dos jogos digitais, o Roblox se destaca tanto pelo seu apelo criativo quanto pelos desafios que impõe aos pais. Vamos conhecer bem essa plataforma, sua classificação indicativa, principais riscos para crianças e o que fazer para garantir uma experiência segura.
Foto: Roblox Corporation/Divulgação
Roblox não é um jogo único, mas uma plataforma online nas quais usuários, inclusive crianças, podem criar, desenvolver, jogar milhões de jogos (“experiências”) feitos por outros usuários, customizar avatares, socializar. Ela foi criada por David Baszucki e Erik Cassel em meados dos anos 2000 e, hoje, está disponível para PC, dispositivos móveis, consoles etc.
Há dentro dela monetização: a moeda virtual (“Robux”), compra de itens estéticos ou funcionalidades extras etc. Isso torna possível gastar dinheiro real para customizar ou melhorar a experiência.
Classificação indicativa e regulamentos
• No iOS, o aplicativo Roblox é classificado como 12+ pela Apple.
• No Brasil, há o sistema de Classificação Indicativa (ClassInd), que regula jogos, apps e outros conteúdos digitais. Eles usam faixas etárias como “livre”, 10, 12, 14, 16 e 18 anos.
• Também há o sistema internacional IARC, que permite que desenvolvedores e lojas de apps distribuam seus jogos/app sob uma classificação aplicável a múltiplos países, mas respeitando as normas locais.
• A Roblox também possui políticas internas de segurança infantil: chats filtrados (texto), monitoramento proativo, possibilidade de limitar comunicação entre usuários dependendo da idade, etc.
Mesmo com essas medidas, existem riscos reais que pais devem conhecer:
1. Contato com estranhos / grooming
Crianças podem se comunicar com usuários desconhecidos. Apesar de haver filtros e restrições, há relatos de que situações inadequadas ou conteúdo sugestivo aparecem em algumas “experiências” criadas por usuários.
2. Conteúdo inapropriado
Alguns jogos dentro da plataforma incluem violência leve, uso de linguagem forte, temas sugestivos, sexualidade leve ou personagens com roupas que podem ser consideradas inadequadas para crianças. A moderação não cobre completamente tudo, sobretudo em conteúdos criados pela própria comunidade.
3. Compras acidentais ou excessivas
A facilidade de comprar Robux ou itens dentro do jogo pode levar a gastos inesperados. Se o dispositivo da criança tiver o cartão cadastrado ou acesso sem senha/pin, isso pode acontecer sem supervisão.
4. Tempo excessivo de tela / vício
Como muitos jogos da Roblox são curtos, há recompensas frequentes, e há sempre algo novo para explorar, isso favorece longas sessões de jogo. Sem limites definidos, pode gerar impacto no sono, concentração, socialização offline.
5. Pressão social e comparações
Itens estéticos, status dentro do jogo, microtransações e costumes de “mostrar” no ambiente online podem gerar ansiedade, comparações, ou incentivar comportamentos de consumo.
Aqui vão orientações práticas para que os responsáveis monitorem, orientem e limitem os riscos:
• Defina regras de uso: horário diário ou semanal, limites de sessões, pausas.
• Supervisão ativa: jogue com seu(s) filho(s), veja que tipo de jogos ele escolhe, com quem conversa. Pergunte o que gosta e o que vê de diferente.
• Use controles parentais:
• A Roblox permite configurar restrições de quem pode conversar com quem, filtros de chat, bloqueios.
• No dispositivo (tablet, celular, console) pode-se exigir senha/pin para compras ou downloads.
• Ensine sobre privacidade:
Não compartilhar nome real, endereço, fotos pessoais, dados sensíveis com desconhecidos.
• Verifique classificação de cada “experiência”: nem todo jogo dentro do Roblox é igual — alguns têm temas que exigem mais maturidade.
• Controle financeiro: se for permitir Robux ou comprar itens, combine um valor limite, faça junto ou com supervisão, verifique faturas.
• Dialogar abertamente: conversar sobre o que eles vêem, como se sentem, oferecer um espaço para que relatem se algo os deixou desconfortáveis.
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