compartilhando a
paternidade ativa
Pai do João Guilherme, do João Rafael e da Maria Vitória, esposo da Dayane, jornalista, palestrante, articulista sobre paternidade e jornalismo, especialista em Mídias Digitais.
Quem nunca presenciou uma criança dando “aquele show” em algum lugar, após receber um “não” de seus pais? Quem já passou por isso sabe que, enquanto a criança reage dessa forma, sentimos um misto de emoções.
Foto: Divulgação/Freepik
Sentimos os olhares alheios “cravarem” nas nossas costas e o julgamento “gritar” na nossa cabeça mais que a própria criança: “Que criança malcriada!”... “Que pais são esses que não sabem colocar limites nos filhos?”. Essas são algumas das frases usadas muitas vezes por pessoas que também passaram pela mesma situação.
“Nesse cenário, é normal que os pais sintam raiva da criança, que resolve medir forças no lugar e na hora errada. Há, também, um cansaço físico, mental e emocional nessa missão de cuidar e de manter o equilíbrio”, afirma Yafit Laniado, psicanalista e hipnoterapeuta, criadora da Relacionamentoria, consultoria especializada no relacionamento entre pais e filhos.
Yafit destaca que, em muitos casos, a falta de segurança dos pais em dizer não para os filhos oferece o ambiente propício para desencadear estas reações e dar início ao “show”.
“Devemos ser capazes de dizer tanto o não como o sim com a mesma segurança. E isso não significa ter essas respostas prontas na ponta da língua, mesmo antes da criança dizer o que quer. É preciso entender o que nós pais queremos transmitir para nossos filhos.”
Yafit orienta que tanto a negação quanto a afirmação devem ter consistência com as regras definidas em casa. “A depender da situação, pode-se, inclusive, aproveitar o momento para trabalhar questões comportamentais. Em vez de somente negar o pedido de compra de um brinquedo, por exemplo, os pais podem aconselhar os filhos que coloquem numa lista e assim, ajudar os filhos a organizarem seus desejos. Quando essa condução se transforma em regra da família, a criança se habitua a ela”, diz a especialista.
A criadora do Relacionamentoria reforça, contudo, que a mensagem deve ser transmitida com convicção e segurança. “Quando os pais dizem não e por dentro estão inseguros, cansados e se sentindo culpados, a criança percebe e se aproveita da situação para tentar impor sua vontade de um jeito ou de outro. Aí, vai continuar insistindo, até conseguir o que quer.”
“Agora, quando os pais entendem que estão fazendo o que é certo aos próprios olhos, e que esse é o seu papel, não há espaço para a dúvida. Assim, o sim e o não surgem da posição de liderança que os pais assumem e os filhos aceitam a decisão”, destaca Yafit.
A especialista conclui: “devemos trabalhar dentro de nós a plenitude como pais, a coluna vertebral emocional, a capacidade de conduzir a casa de acordo com o que acreditamos ser o melhor para todos nós. Quando pai e mãe estão inteiros, seguros, plenos, tudo funciona diferente com os filhos.”
Com Assessoria de Imprensa
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