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paternidade ativa
Pai do João Guilherme, do João Rafael e da Maria Vitória, esposo da Dayane, jornalista, palestrante, articulista sobre paternidade e jornalismo, especialista em Mídias Digitais.
A participação de uma criança de 10 anos na Maratona de Aracajú, realizada no dia 26 de outubro, na capital sergipana, ligou o alerta para uma questão muitas vezes negligenciada no mundo da corrida: como introduzir a prática entre os menores de idade.
Foto: Divulgação
Para o fisiologista do esporte Diego Leite de Barros, o episódio é um exemplo claro de desvirtuamento do sentido educativo e saudável que a atividade física deve ter nesta fase da vida. Segundo o especialista, não há consenso científico que determine uma idade exata para o início de treinos estruturados de corrida, mas, de modo geral, o estímulo orientado só começa a fazer sentido a partir do final da segunda infância, entre 8 e 10 anos, e se intensifica na adolescência, quando há maturação física suficiente para lidar com maiores volumes.
De acordo com a norma da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT) que determina as categorias oficiais do atletismo brasileiro por faixa etária, em corridas de rua, a idade mínima para atletas participarem de provas com percurso de até 5 quilômetros é de 14 anos. Com 42,195 quilômetros, as maratonas só são permitidas para atletas com mais de 20 anos de idade.
Além do aspecto fisiológico, que envolve o desgaste articular, o risco de lesões e a sobrecarga de um sistema cardiorrespiratório ainda imaturo, Diego alerta para o aspecto conceitual quanto à forma como o esporte é apresentado às crianças.
“Correr é natural para uma criança desde a primeira infância, mas transformar isso em treinamento sistemático é algo completamente diferente. A corrida, nessa fase, deve ser parte das brincadeiras e do desenvolvimento motor, não um treino com volume e intensidade de adulto”, explica.
Para ele, expor uma criança a uma maratona “descaracteriza totalmente a proposta pedagógica do esporte, que deveria ensinar limites, regras, e principalmente, prazer pelo movimento”.
Com Assessoria de Imprensa
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