compartilhando a
paternidade ativa
Pai do João Guilherme, do João Rafael e da Maria Vitória, esposo da Dayane, jornalista, palestrante, articulista sobre paternidade e jornalismo, especialista em Mídias Digitais.
Crianças que falam como adultos, exibem talentos nas redes sociais e acumulam responsabilidades típicas da vida adulta vêm ganhando cada vez mais visibilidade e aplausos na sociedade. Mas o que parece um sinal de inteligência ou maturidade pode, muitas vezes, esconder um problema sério: a adultização precoce.
Foto: Divulgação
Segundo Filipe Colombini, psicólogo parental, há um encantamento coletivo diante de crianças “à frente de seu tempo”. No entanto, essa admiração pode mascarar uma distorção perigosa. “Precisamos nos perguntar de onde vêm essas falas e comportamentos. Quando uma criança reproduz ideias complexas, é importante refletir se ela realmente compreende o que diz ou se apenas repete o que aprendeu a associar à aprovação dos adultos”, explica Colombini.
O especialista alerta que a exposição precoce a expectativas de desempenho, seja em casa, na escola ou nas redes sociais, pode gerar ansiedade, baixa autoestima e insegurança entre os pequenos. “O excesso de responsabilidades e o medo de errar, quando aparecem cedo demais, pesam emocionalmente. A criança passa a se perceber pelo que entrega e não por quem é”, destaca.
A infância não é palco de performance
A pressão por resultados e a cultura da comparação, potencializadas pelas redes sociais, transformaram a infância em uma espécie de vitrine. Curtidas, visualizações e elogios se tornam métricas de valor, e o espaço natural do brincar e da descoberta acaba reduzido.
Segundo Colombini, a infância é uma fase de experimentação, erros e aprendizado. E tentar transformá-la em um período de alta performance prejudica o amadurecimento emocional. “Quando a criança não pode errar, ela deixa de aprender com a própria experiência. Isso compromete o desenvolvimento da autonomia, da empatia e da flexibilidade emocional, competências que se constroem com tempo, silêncio, brincadeiras e até mesmo com o tédio”, reforça.
O papel dos adultos
Para o especialista, cabe aos adultos proteger a infância como território de aprendizado, e não de exposição, o que significa garantir que o desenvolvimento aconteça de forma saudável e no ritmo certo. “Os pais têm papel fundamental. Em vez de valorizar apenas resultados, é importante reconhecer o esforço, o processo e a curiosidade. Criança não precisa performar, mas sim viver a infância!”, conclui Colombini.
Com Assessoria de Imprensa
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