Nós, pais, temos o papel de encorajá-las, permitir que elas tentem, oferecer ajuda, porém jamais reduzir sua capacidade
03 de Março de 2020
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Quantas crenças limitantes você já ouviu na sua vida? “Você é lerdo, é burro, é mal educado, não sabe, não aprende, é chato, é sem graça, é nojento, tem os defeitos do seu pai, da sua mãe, é arteiro, é impossível” e tantas outras frases repetidas que em algum momento ecoou e nos rotulou e, inconscientemente, nos impede, na vida adulta, de avançar, fazer algo novo, acreditar em si.
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Pratos recheados de nostalgia ativam a memória gustativa e olfativa e nos remetem a alguém especial
07 de Maio de 2019
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Quando me transporto em pensamento para casa da minha mãe, eu sinto sabores, aromas e lembranças da fartura de criatividade à frente do fogão… Uma viagem no tempo para sentar diante de uma mesa com pratos simples, do dia a dia, que me conduzem até a infância com incontáveis sentimentos. Fruto da reação neurológica desencadeada pelo cérebro na memória, que me faz associar tudo isso a bons momentos naquele lar. Puro saudosismo! Uma nostalgia ainda recheada de sons de uma casa cheia, de um quintal preenchido de vida, de pés na terra, de irmãos correndo, brincando, criando diversos animais de estimação… Ah, que tempo bom! Mas a comida da minha mãe me envolve num reconfortante aconchego. É comfort food… Que conexão!
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Abraçar mais, olhar na alma e alimentar o nosso e o próximo com verdades, realidades, deixando marcas, traços pelo caminho, provas reais da nossa existência
23 de Dezembro de 2018
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Das certezas que tenho, aos 36 anos, é que nenhum 25 de dezembro passou sem comemoração na minha família. Na árvore de Natal produzida com um galho seco e decorada com algodão, bolas de vidro fino, bonecos de neve e papais noéis feitos de isopor à mão, o anúncio de dias felizes em uma infância regada de brincadeiras, pé no chão de terra e a reunião dos primos de outras cidades para a grande festa do nascimento de Cristo.
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Acreditamos carregar o mundo na cabeça, nas costas, nas mãos, mas ele nos escorre entre os dedos e não temos o controle de tudo o tempo todo
06 de Dezembro de 2018
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Hoje imaginei como seria ver o mundo em que vivo lá de cima, como se pudesse reconhecer cada canto que compartilho com minha família, amigos, colegas de trabalho... Fechei os olhos e permiti fazer esta viagem e não vislumbrei qualquer objeção que me impedisse de ser grato por tudo que tenho, vivo e sou. Ainda que, por qualquer eventualidade, existam dias difíceis, em todos eu encontro apoio e força para crer que “tudo vai passar”.
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É nosso papel como pais garantir que os costumes sigam valorizados, sejam orgulho para nossa gente e tenham seus devidos créditos preservados
18 de Junho de 2018
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O pátio estava todo decorado de bandeirinhas feitas de papel de seda colorido. Galhos de bambu seco fixados nos pilares e paredes traziam também outros feitos, como balões e personagens que remetiam à festa na roça. Nos pés, uma bota para compor o traje que vinha seguido de calça jeans remendada nos joelhos, camisa xadrez e chapéu de palha. Ao meu lado, a colega de sala, Luciana, parceira da tradicional quadrilha, também não poupou na caracterização, com vestido de chita e pintinha no rosto. Das poucas lembranças que tenho desta época, a Festa Junina no pré-escolar da tia Hellen Garrio é uma das mais saudosas.
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É nítido o quanto as crianças têm sido aceleradas desde o amanhecer, com os horários, tarefas...
16 de Abril de 2018
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“Não corre assim que você cai!”. Demorei muito para compreender que a frase tão ecoada na minha infância só pretendia me desacelerar… E reconheço que, em muitas vezes, repito o mesmo comportamento na vida adulta e, se perco o domínio, corro o risco de carregar as crianças na mesma velocidade da minha rotina. Temos horário para tudo, todos os dias da semana, em compromissos sociais, familiares, profissionais… Precisamos de agenda até para cuidar das nossas emoções, silenciar e estacionar os “desenfreios” deste turbilhão de coisas a fazer... Onde foi parar o tempo? Parece que ele não está a nosso favor! Será?
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Talvez até você se identifique neste retrato real, onde somos cada dia mais consumidos pelas redes, mesmo que num curto espaço de tempo…
01 de Abril de 2018
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Era quinta-feira, pós-expediente e eu ainda resolvia pendências do trabalho pelo celular. Muitas vezes, o jornalismo é compreensivelmente cruel, pois não escolhe hora nem lugar para suas demandas! Já se passava das 20h, o jantar não estava servido, havia brinquedos em miniaturas espalhados pela casa toda. João Guilherme ainda usava o uniforme escolar, segurava um pedaço de papel em mãos e andava atrás de mim à espera que me desocupasse. Enquanto isso, João Rafael explorava uma das gavetas do gabinete do banheiro, colocando a baixo tudo que estava armazenado milimetricamente para caber lá. Quatro itens nadavam na água do vaso sanitário ao mesmo tempo em que meu olhar de repreensão ao ato era devolvido com um sorriso “de canto de boca”.
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Quebrar o ciclo da violência para educar é um dos principais desafios desta geração de pais que apanhou na infância
18 de Março de 2018
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Há quem diga que uma palmada resolve. Devo concordar! Eu já bati. Na verdade, amedronta, castiga, apavora, assombra, assusta, atemoriza, intimida, garante o respeito por meio do medo. De um lado, o adulto abusando de sua força física infinitamente superior, e do outro, a criança à espera de ser disciplinada, requisitando limites, orientação, um ser humano em construção, em busca de conhecer o que pode ou não fazer!
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Ser o primogênito é um privilégio e pais não devem colocar em seus ombros responsabilidades maiores que as de filho
04 de Março de 2018
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Ele me ensinou quase tudo como pai. Errei, acertei, testei, falhei, arrisquei, ganhei, doei, cobrei… “Ei,
moleque. Não, não!”. Foi como eu aprendi a fazer, como vi outros se arriscarem, como fui educado, o que
estava incorporado em meu DNA de vida! Nenhum deslize do pequeno passou em vão sem que eu o
direcionasse, a não ser que estivesse longe dos meus olhares, na maior parte das vezes, autoritários.
Nunca foi “coisa de criança” e muito menos “deixei pra lá” por supostamente temer a opinião alheia. Fiz
meu papel e ponto. Ah, o filho mais velho! Tão na linha...
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Assim, com os demais, ou na relação pai/filho, podemos nos esforçar para fazer de cada momento impar
23 de Dezembro de 2017
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Um galho seco, chumaços de algodão, papais-noéis, bonecos de neve feitos de isopor e algumas bolas coloridas. Esta é a recordação de uma das árvores de Natal que decorou minha casa na infância. Os enfeites, em boa parte, eram intocáveis, uma vez que, de vidro fino, ao despencar se partiam em dezenas de pedaços. Ah, quantas bolinhas duraram apenas uma decoração!
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Os pais são nossa referência de vida, de família, de vida social, impactam diretamente no nosso desenvolvimento afetivo, social, cognitivo...
13 de Agosto de 2017
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Quando nos tornamos pais, queremos fazer com os filhos tudo aquilo que consideramos que nossos velhos não puderam realizar conosco. Nos sentimos determinados a escolher um caminho diferente! Almejamos brincar mais, olhar mais nos olhos, ofertar atenção, “suprir” todas as necessidades que avaliamos como indispensáveis para que se sintam completamente felizes, amados, nos aceitem como somos... Mas nem sempre é assim. Quanto há de nossos pais em nós?
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Homens precisam querer aprender e fazer diferente para vencer os limites impostos pela sociedade
31 de Julho de 2017
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Quando engravidamos do João Guilherme, que nesta semana chegou aos seus cinco anos de vida, caímos num turbilhão de sentimentos incomparável. O exame positivo em mãos, um mês após liberarmos os métodos contraceptivos, nos trouxe lágrimas aos olhos e alegria à alma. Que vontade de gritar para o mundo! E fizemos! Com o primogênito, o medo de errar era tamanho, e às vezes ainda é, que a ansiedade tomou conta do meu corpo na mesma proporção em que a barriga da mamãe cresceu. Queria ser um bom pai, ofertar o melhor de mim, saber fazer de tudo, dividir as funções com minha esposa, estar presente, dar banho, trocar, ninar, amar...
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Desde que nascemos são incorporados em nosso caráter e subconsciente conceitos machistas, que nos aprisionam, nos fazem reféns
09 de Julho de 2017
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“Hei, moleque, que frescura, não foi nada demais. Homem não chora!” Como não se a gente tem vontade de se derreter em lágrimas até em comercial de margarina? Desde a infância, nós, homens, somos criados para não expor nossos sentimentos, abocanhá-los goela abaixo até mesmo diante da frustração, da dor, da perda… Fomos educados para “engolir o choro”, guardar para si toda explosão de sentimentos, sob a autoridade de alguém. Mas até quando será assim?
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Precisamos é correr, brincar, dançar, pular, cozinhar, orar... dialogar, verbos tão praticados em um passado recente
26 de Junho de 2017
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Na sala de estar, dois filhos, um pai e, para roubar a cena, o celular. Quem não comete este pecado que atire a primeira pedra! Que tempos são esses na qual permanecemos em lugares sem realmente estarmos lá? Com o advento da tecnologia, melhoramos a comunicação externa e nos esquecemos de ampliá-la em nossos lares, presencialmente. À medida que deixamos a vida virtual invadir a rotina de nossa família, empurramos também as crianças para os smartphones, tablets, notebooks e outros dispositivos, fomentando a mesma prática.
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A cada dia mais, pais buscam suprir ausência com bens materiais, não ensinando a criança a lidar com a frustração
19 de Junho de 2017
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Você sabe falar não para seu filho? Se sente culpado e deprimido quando não atende a um pedido dele? Pois bem! João Guilherme, 4 anos, nunca foi de pedir nada, é daqueles que dá tranquilamente para levar às compras e ao shopping, sem gastos extras. Quando tinha uns dois anos, estávamos em um supermercado, logo após uma data comemorativa na qual havia sido presenteado, e ele me pediu um boneco do Hulk, de 10cm e R$ 39,90, e eu disse "NÃO". Expliquei a razão, mas ele chorou com a negativa. E não foram poucas lágrimas! Confesso que dilacerei meu coração, não era algo caro, mas eu precisava ensiná-lo a lidar com a frustração e que existe o tempo correto para presentear... Estamos falando de tempo, não de data...
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Vivemos a era da permissivismo e é exaustivo estar na contramão de um mundo que desvaloriza a instituição família
28 de Maio de 2017
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Nesta semana me peguei olhando no espelho, ganhando alguns minutos de reflexão por ali. Vislumbrei um rosto cansado, com uma pequena bolsa de exaustão sob os olhos, acompanhado de um peso nas pálpebras, que me fez questionar: quantas vezes pisquei hoje? Não soube responder, mas certamente aquela sensação me levou a crer que foram poucas ou quase nenhuma. O meu esgotamento, em alguns dias, não se difere de muitos pais e mães que, além de seus afazeres profissionais, ativamente participam da vida de seus filhotes. Sabe por qual razão? Sobrecarregamos nossos dias de compromissos e, ao mesmo tempo, criar e educar, cansa. Assim como o ônus da responsabilidade.
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Quando um bebê chega à família, traz consigo muita alegria, porém pode ser motivo de ciúme para a criança primogênita
10 de Abril de 2017
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João Rafael, meu segundo filho, nasceu no dia 28 de março, às 8h. E quando um bebê desembarca na família, traz consigo um espetáculo de alegria. Já não bastasse toda grandeza natural da nova vida, há o banho de congratulações e mimos dos amigos e familiares. Todo paparico é sempre muito bem-vindo. Porém, pode ser motivo de ciúmes para o irmão mais velho, o que, por enquanto, não ocorreu por aqui. O preparo do João Guilherme, 4 anos, para o acolhimento do recém-nascido em nosso lar, favoreceu a receptividade.
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