compartilhando a
paternidade ativa
Pai do Joões, em seu plural consagrado, João Guilherme e João Rafael, esposo da Dayane, jornalista, palestrante, articulista sobre paternidade, especialista em Mídias Digitais, editor-chefe de jornal impresso, em Presidente Prudente.
Quando me transporto em pensamento para casa da minha mãe, eu sinto sabores, aromas e lembranças da fartura de criatividade à frente do fogão… Uma viagem no tempo para sentar diante de uma mesa com pratos simples, do dia a dia, que me conduzem até a infância com incontáveis sentimentos. Fruto da reação neurológica desencadeada pelo cérebro na memória, que me faz associar tudo isso a bons momentos naquele lar. Puro saudosismo! Uma nostalgia ainda recheada de sons de uma casa cheia, de um quintal preenchido de vida, de pés na terra, de irmãos correndo, brincando, criando diversos animais de estimação… Ah, que tempo bom! Mas a comida da minha mãe me envolve num reconfortante aconchego. É comfort food… Que conexão!
Tatinha tem mãos de fada. Nunca frequentou os bancos das academias culinárias, mas é daquelas que arrancam suspiros quando o assunto e ativar o paladar alheio para induzir à percepção do sabor. Acorda cedo para preparar tudo, cada tempero é escolhido a dedo, nada falta zelo, desde o corte dos alimentos até a última prova antes de servir.
Na medida em que você lê este texto certamente é levado à casa de alguém especial. As memórias olfativa e gustativa não nos deixam na mão. Sensação de prazer e bem-estar que partiram da cozinha, um cômodo da casa que sacia, alimenta, suplanta amor, carinho, afeto e cuidado com o próximo.
E quanto destes sabores, aromas e valores estão só no passado? As receitas da minha mãe são sempre inesquecíveis e uma boa parte dos pratos tradicionais eu unifiquei em um caderno, digitei e distribui uma cópia a cada um lá de casa. São lembranças inestimáveis que carregam uma convivência saudável em família. Que privilégio tê-la por perto, de reunir todos os filhos e netos aos finais de semana ao entorno de uma mesa que acumula união, cooperativismo familiar e princípios que atravessam gerações.
Minha mãe me ensinou a cozinhar, a cuidar da casa, da minha família, a transformar o cuidado físico em linguagem do amor. Dela herdei o gosto pela culinária, por isso me arrisco a encostar o umbigo no fogão e sentir a satisfação dos meus pequenos ao saborear cada preparo que partiu das minhas mãos! Entre estar bom ou perfeito, eu prefiro que, no futuro, meus filhos se sintam abraçados pela comfort food - expressão em inglês para explicar a comida afetiva. Só aprende quem faz, se arrisca… E, lá em casa, minha esposa também não mede esforços neste sentido. Talvez você até não tenha interesse e aptidão pela cozinha, não queira se aventurar nas panelas, prefira os congelados, a praça de alimentação do shopping ou a visita à rotisseria. Mas eu pergunto: que memórias olfativas e gustativas alguém especial deixou por aí? Por aqui, o suficiente para querer que os pequenos também experimentem do mesmo!
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14 de Maio de 2018
Minha avó materna é daquelas que quando eu passava férias na casa dela, e dizia que estava com vontade de comer coxinha bem na hora da novela, ela levantava, fazia a massa, preparava o recheio e fritava na hora pra mim. Consegues imaginar o tamanho desse amor?
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Consigo! Não é diferente por aqui...rsrs
14 de Maio de 2018
Acho um exemplo de vida maravilhoso, é muita felicidade para uma mãe ver seus filhos aprender e seguir os bons costumes. Tudo que uma mãe faz para seus filhos e família tem uma imensidão de amor e carinho e o prazer de ter sua família sempre reunida.
14 de Maio de 2018
Acredito mto que comida é afeto. Podemos passar amor pela comida. Por isso aprendi a cozinhar depois que virei pai.
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É afeto!
14 de Maio de 2018
Sinto me feliz, pois tudo que uma mãe faz pelos filhos e família é com muito amor e carinho, e acho válido deixar este legado para os filhos. Fica uma recordação pro resto da vida.
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Obrigado, mãe! Todo ensinamento, para sempre!
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